A primeira versão do traçado consolidado da Rota Turística Caminhos dos Peabiru foi apresentada nesta quinta-feira (16) aos representantes das Secretarias de Estado do Planejamento e do Turismo e aos gestores municipais envolvidos. A reunião contou com 112 participantes em modalidade online.
O traçado unificado, denominado Eixo Tronco Versão 1, servirá como base para os municípios realizarem consultas públicas para discutir o caminho. As colaborações recolhidas nas consultas e um parecer do grupo de trabalho local serão enviados para o Estado para análise. As contribuições vindas dos municípios servirão para a criação das redes de trilhas locais e complementares, conectadas à rota estadual.
“O projeto representa uma contribuição inestimável para o Paraná. É um movimento estratégico que, ao valorizar a rica ancestralidade e a cultura indígena paranaense, promove a manutenção viva de nossa história”, disse o secretário do Planejamento, Ulisses Maia. “Com a participação integrada dos municípios, o Peabiru se consolida como um vetor de desenvolvimento local, impulsionando o turismo cultural e histórico, e levando educação e cultura a todas as comunidades envolvidas”.
Ao todo, 97 municípios participam do Caminhos do Peabiru e cada um deles fará consulta pública, entre os dias 20 e 30 de novembro, para aprovação e coleta de sugestões. Os relatórios com as contribuições serão entregues ao Estado até 7 de novembro.
“O Caminhos do Peabiru é mais do que um roteiro turístico: é um resgate vivo da nossa história e da identidade dos povos que formaram o Paraná. A consolidação desse traçado simboliza a união entre passado e futuro: preservamos a memória e a ancestralidade e abrimos caminhos para o desenvolvimento sustentável, com geração de renda e fortalecimento das comunidades locais”, afirmou o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos.
A primeira versão do Eixo Tronco foi definida através de reuniões técnicas do Governo do Estado com a equipe da consultoria Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), ligada à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Participaram representantes das secretarias de Estado do Turismo e Planejamento, o Serviço Social Autônomo Paraná Projetos, Instituto Água e Terra (IAT), Conselho do Patrimônio Cultural, Museu Paranaense e a Associação Rede Brasileira de Trilhas.
PARTICIPAÇÃO SOCIAL – A construção do traçado é um processo participativo e coletivo. Trata-se de uma proposta elaborada em oficinas valorizando os municípios que encaminharam relatórios técnicos das reuniões participativas, evidenciando o processo de construção coletiva. Isto se deu para reforçar a legitimidade social e territorial da rota e o protagonismo das comunidades envolvidas.
Alguns municípios já estão com suas consultas públicas marcadas. Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, recebe as considerações dos interessados neste link até 30 de outubro. O município de Altônia, no Noroeste, está com uma audiência pública agendada para 21 de outubro na Câmara Municipal.
Nos próximos dias, os demais municípios envolvidos marcarão suas consultas públicas.
TRECHOS – O Caminhos do Peabiru forma uma rede de trilhas ancestrais que datam de mais de 3 mil anos. Essas trilhas conectam o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando pelo Brasil, Paraguai e Bolívia, chegando até o Peru. No território nacional, percorre o litoral de Santa Catarina e São Paulo e corta o Paraná de Leste a Oeste. Originalmente, foi usado para a expansão de territórios, trocas de mercadorias e, também, em rituais religiosos.
O traçado do projeto conta com trilhas de longo curso, trechos aquáticos, montanhismo e caminhadas.
BIODIVERSIDADE – O traçado busca favorecer a conexão entre unidades de conservação, áreas naturais e demais espaços de interesse ambiental, promovendo a integração ecológica e contribuindo para a manutenção dos corredores de biodiversidade.
GERAÇÃO DE RENDA – Para a construção da Rota, a equipe do projeto buscou valorizar os trechos com maior potencial de dinamização econômica local, especialmente aqueles que favorecem a oferta de serviços turísticos, produtos regionais e oportunidades de emprego e renda para as comunidades envolvidas.