A Companhia de Saneamento do Paraná promoveu nesta quinta-feira (27) o 2º Programa de Proficiência em Ensaios de Campo, Amostragem e Análises de Efluente da Sanepar na Estação de Tratamento de Esgoto Padilha Sul, em Curitiba. O evento reuniu 50 técnicos das áreas operacionais de todo o Estado e dos laboratórios centrais. A iniciativa demonstra a eficiência da análise do esgoto tratado pela Sanepar, garantindo o atendimento às exigências legais do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e do Instituto Água e Terra (IAT).
Os profissionais participaram da avaliação aplicada pela empresa Ensaios de Proficiência PIPA, que é acreditada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), visando confirmar a qualificação dos coletores de 24 laboratórios da Sanepar para as análises de elementos como: Demanda Química de Oxigênio (DQO), temperatura da água, oxigênio dissolvido e pH.
SUSTENTABILIDADE - De acordo com a gerente de Avaliação de Conformidade (GACF), Cynthia Castro Correa Malaghini, essa avaliação também é importante para a manutenção do credenciamento dos quatro laboratórios centrais junto ao IAT.
Além do resultado garantir a credibilidade dos ensaios realizados nas estações de tratamento, Cynthia ressalta ainda que a avaliação comprova que o resultado da qualidade do tratamento do esgoto que é lançado nos mananciais está correto. “Entendemos que quando o efluente tratado é lançado em um rio, este corpo hídrico conflui em outro ali na frente, e assim por diante. Por isso, zelar pelos rios é cuidar de todo um ecossistema e este cuidado está em nosso DNA”, afirma.
Nos municípios paranaenses atendidos pela Sanepar, 100% do esgoto coletado é tratado de maneira eficiente em uma estrutura que conta com 665 unidades de bombeamento e 271 estações de tratamento de esgoto. A Companhia faz investimentos contínuos para assegurar o padrão de lançamento do efluente previsto na legislação ambiental.
O esgoto tratado na ETE Belém, em Curitiba, por exemplo, chega ao Rio Iguaçu com uma carga orgânica de 5 mg/L de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), muito abaixo do limite de outorga exigido pelo IAT, que é de 25mg/L de DBO.
AVALIAÇÃO - Marcos Simoni, técnico ambiental da Gerência de Fiscalização da Sanepar no Oeste do Estado, afirma que a avaliação foi interessante para conferir a confiabilidade dos resultados obtidos pelos técnicos, além da oportunidade de compartilhar experiências com os colegas. “Quando realizamos um teste, várias vezes em campo, é importante aferir se o nosso procedimento e se as nossas leituras estão corretas para garantir a linearidade dos resultados entregues à Companhia. O resultado final vai chegar lá no nosso cliente. Essa é a garantia que estamos realmente tratando o nosso esgoto e temos confiabilidade na entrega desse resultado”, explica.
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Para o técnico operacional de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, Luiz Henrique Crepaldi, a experiência foi a melhor possível. “É uma forma de certificar o trabalho que a gente já faz com excelência em campo e a qualidade do nosso efluente que vai ao rio, colaborando com o meio ambiente sustentável e a qualidade de vida da população. Sempre dentro dos parâmetros exigidos para lançamento do efluente”, aponta.
PIONEIRISMO – A Sanepar foi a primeira empresa de saneamento do Brasil a promover um evento simultâneo com profissionais de todos os níveis de operação no formato in company para avaliar as equipes de coletores de amostras e os laboratórios regionais. Esta é a segunda edição – a primeira foi em 2018 e reuniu mais de 40 técnicos de todo o Paraná.
“Ao fazer esse tipo de calibração a Sanepar garante que vai ter sucesso e eficiência em seu controle de qualidade do efluente lançado nos corpos receptores, contribuindo com o meio ambiente e cumprindo seu papel diante da sociedade”, afirma Orlando Antunes Cintra Filho, consultor do ensaio de proficiência da PIPA.








