Trigêmeas de Palmas se preparam para intercâmbios do Ganhando o Mundo 2026

Aprovação das irmãs Maria Eduarda, Gabrielly e Kaemilly Grezzana Marins, que estudam no Colégio Estadual Dom Carlos, é resultado da disciplina e dedicação ao estudo que compartilham, o que as tornou exemplos de inspiração para toda a comunidade escolar do município, na região Sudoeste do Paraná.
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12/09/2025 - 09:10
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O sonho de explorar o mundo começou dentro de casa para as irmãs Maria Eduarda, Gabrielly Vitória e Kaemilly Louise Grezzana Guérios Martins, entre sessões de leituras, deveres de casa e estudos em conjunto. As trigêmeas de Palmas, na região Sudoeste do Estado,que completam 15 anos em outubro, foram aprovadas para a etapa de 2026 do programa Ganhando o Mundo, do Governo do Estado, o que para elas representa a chance de viver experiências transformadoras, ampliar horizontes e projetar novas perspectivas para o futuro.

O processo de seleção do Ganhando o Mundo foi conduzido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que é responsável pela coordenação do programa. A convocação das trigêmeas de Palmas ocorreu por etapas, via editais, com cada irmã sendo chamada em momentos distintos do processo seletivo, o que aumentou a expectativa da família e das três estudantes, que sempre buscaram o intercâmbio como um objetivo conjunto.

Para Maria Eduarda, a primeira a ser convocada, a notícia trouxe surpresa e alegria. “Quando me falaram, fiquei muito feliz. Nem tinha visto o edital ainda, então foi uma emoção inesperada. Sempre quis participar do Ganhando o Mundo e agora estou me preparando ao máximo, estudando inglês, fazendo cursos e acompanhando as atividades do colégio. Quero aproveitar cada oportunidade para aprender e crescer”, revelou.

Ela destacou que a disciplina e a dedicação das três foram fundamentais. “Sempre tivemos 100% de frequência nas aulas, notas altas e nos esforçamos para ajudar no que o colégio precisa. Acho que isso também contribuiu para sermos selecionadas”, completou Maria Eduarda.

Gabrielly Vitória, a segunda a receber a convocação, disse que viveu um misto de alegria pela notícia e de apreensão até ter certeza que a outra irmã também havia sido aprovada no processo seletivo. “Ficamos felizes com a minha aprovação, mas ainda preocupadas com a Kaemilly. Quando soubemos que todas tinham sido selecionadas, a alegria foi completa”, contou.

Ela também busca dicas com colegas que já participaram do programa – um aluno do colégio fez intercâmbio para o Canadá, enquanto outra está na Austrália neste momento. “Estou ansiosa para adquirir mais conhecimento, conhecer outras culturas e melhorar minha confiança ao falar em público. Vai ser uma experiência que vai mudar meu jeito de me comunicar e interagir com os outros”, acrescentou Gabrielly.

Kaemilly Louise, a terceira chamada, ressaltou a união das irmãs como um diferencial nessa jornada. “Estudamos juntas todos os dias, cada uma ensinando o que sabe para que todas aprendam. Isso ajuda muito a manter o foco e a entender melhor o conteúdo”, comentou.

O destino das trigêmeas ainda não está definido, e é possível que cada uma viaje para uma cidade ou até mesmo país diferente, o que também representaria a primeira chance de uma experiência individual para cada uma das irmãs. Segundo Kaemilly, elas estão preparadas caso isso aconteça.

“Quero voltar com a mente mais aberta, mais confiante e com mais conhecimento sobre o mundo e outras culturas. Mesmo que eventualmente sejamos enviadas para lugares diferentes, estamos preparadas para a experiência e animadas para aprender com tudo que vier”, finalizou Kaemilly.

ORGULHO DOS PAIS – A convocação das meninas, que completam 15 anos em outubro, encheu de orgulho a mãe delas, Luciana Grezzana. “Foi uma alegria muito grande. Sempre incentivamos o estudo desde pequenas, e ver que o esforço delas está sendo reconhecido é emocionante. Cada convocação trouxe uma nova onda de felicidade”, contou Luciana.

O pai, Tobias Martins, compartilha da mesma emoção da esposa, mas também fala sobre a ansiedade natural de ver as filhas prestes a enfrentar uma experiência longe de casa. “Essa vivência vai desenvolver a confiança, a autonomia e até a criatividade delas. Para nós, é motivo de muito orgulho, mas também de uma ansiedade boa, porque vamos sentir falta, claro, mas sabemos que é uma oportunidade única na vida”, disse.

De acordo com ele, a vivência de seis meses em um país de primeiro mundo deve mudar totalmente a visão de futuro das filhas. “Não é apenas sobre estudar em outro lugar, mas sobre aprender a se organizar, a conviver com novas pessoas, a lidar com situações diferentes do cotidiano”, completou Tobias.

INSPIRAÇÃO NA ESCOLA – Segundo a diretora do Colégio Dom Carlos, Karine Ethel, a história das três irmãs ajuda a inspirar outros alunos a seguir o mesmo caminho. “Elas têm frequência 100%, participam como alunas monitoras e sempre se destacaram pelo empenho, participando inclusive de um curso de formação para docentes. A aprovação das três representa muito para a escola e inspira toda a comunidade escolar”, relatou.

O entusiasmo das trigêmeas contagiou colegas e professores, que acompanharam de perto todo o processo de seleção. A escola chegou a destacar a conquista durante o desfile de 7 de Setembro, quando o colégio desfilou com faixas em alusão ao Ganhando o Mundo.

PROGRAMA – Criado em 2022, o Ganhando o Mundo é o maior programa de intercâmbio estudantil do Brasil. Ele oferece passagens, hospedagem, bolsa-auxílio, documentação e todo o suporte necessário para os estudantes.

Desde sua implantação, mais de 2,5 mil estudantes, professores e diretores já foram beneficiados, com investimentos que superam R$ 500 milhões. Em 2026, edição na qual as trigêmeas de Palmas participarão, o número de embarques foi ampliado de 1,3 mil para 2 mil estudantes, contemplando destinos ainda a serem definidos. Neste ano, por exemplo, além da Inglaterra e da Irlanda, o programa expandiu sua presença para a Escócia e o País de Gales.

A escolha dos intercambistas é feita por meio de edital público, considerando desempenho escolar, frequência, idade – geralmente entre 15 e 17 anos – e nível de inglês compatível com a vivência acadêmica no exterior. As vagas são distribuídas proporcionalmente entre os 32 Núcleos Regionais de Educação, garantindo representatividade das diferentes regiões do Estado e ampliando oportunidades para estudantes de perfis diversos.

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