Desde o último sábado (8), Governo do Estado, forças de segurança e agentes municipais atuam para reparar danos e reconstruir imóveis afetados pelo tornado que atingiu a região Centro-Sul do Paraná na noite de sexta-feira (7). O evento climático que devastou quase 90% da cidade de Rio Bonito do Iguaçu também causou estragos em outros municípios, que registraram destelhamento e danos estruturais em imóveis na área rural, bem como pessoas feridas e desalojadas.
Conforme relatório elaborado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (Cedec), além de Rio Bonito do Iguaçu, outros nove municípios da região foram diretamente atingidos pelos fortes ventos: Candói, Cantagalo, Goioxim, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu, Turvo e Virmond.
Ao todo, 33 municípios paranaenses registraram ocorrências junto à Cedec entre os dias 7 e 8 de novembro, incluindo vendavais, enxurradas e granizo em outras regiões do Estado, como Londrina e Centenário do Sul, no Norte, e Guaraqueçaba e Paranaguá, no Litoral, além de outros do Sudoeste, Noroeste.
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Junto às Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Compedecs), a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros têm apoiado o atendimento às pessoas e imóveis afetados, por meio do envio de materiais de construção, da desobstrução de vias e da retirada de entulhos das casas.
“Logicamente, os principais esforços foram enviados para Rio Bonito do Iguaçu, que teve a situação mais crítica, mas as outras cidades também têm sido acompanhadas de perto pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil”, explicou o porta-voz da Defesa Civil do Paraná, capitão Marcos Vidal da Silva Júnior.
“Estes municípios estão sendo atendidos com todo suporte e documentação necessários, sob acompanhamento do nosso Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres”, informou.
COMUNIDADE RURAL - Em Turvo, por exemplo, um tornado com ventos de até 200 km/h deixou 21 casas danificadas ou destruídas, a maior parte na comunidade rural de Cachoeira dos Turcos. Ao todo, 58 pessoas foram diretamente afetadas, entre feridos, desabrigados e desalojados. A partir de sábado (8), as Compedec e coordenadorias estadual e regional da Defesa Civil atuaram em conjunto para o atendimento às vítimas e a entrega de telhas na região. Parte dos telhados foi reparada, e o município já não tem registro de pessoas desabrigadas.
No Norte do Estado, Centenário do Sul foi atingido por um vendaval, que danificou 102 casas e afetou mais de 200 pessoas. Com foco no reparo emergencial das estruturas, a Defesa Civil Estadual autorizou o envio de 500 telhas para apoio às forças municipais. Já Porto Barreiro, no Centro-Sul, deve receber até mil telhas enviadas pela Defesa Civil Estadual, após o registro de 300 casas danificadas e mais de 2 mil pessoas afetadas.
SISTEMA INTEGRADO - Em situações de desastre e emergência, a atuação da Defesa Civil no Paraná ocorre de forma integrada entre forças municipais e estaduais. O primeiro atendimento às ocorrências é feito pelas Compedecs, que avaliam os danos e elaboram relatórios como o Formulário de Informações de Desastre (Fide), documento que reúne as principais informações sobre a extensão dos danos humanos e materiais no município.
A documentação é anexada ao Sistema Informatizado de Defesa Civil, ferramenta desenvolvida pelo Estado para o registro e acompanhamento das ações de defesa civil. Por meio do sistema, os agentes de segurança também podem elaborar um Plano de Contingência Online, documento que norteia as ações de resposta ao desastre.
A partir disso, o acompanhamento da Defesa Civil Estadual ocorre por meio das coordenadorias regionais, dos Núcleos de Atuação Regional e dos analistas do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Neste momento, também pode ocorrer a homologação de Situação de Emergência - registrada em 13 municípios paranaenses após os eventos dos dias 7 e 8 novembro - ou Estado de Calamidade Pública, decretado em Rio Bonito do Iguaçu.
“Quando o evento extrapola a capacidade de atendimento do município, o Estado atua para complementar a resposta ao desastre, por exemplo, com o envio de telhas ou outros donativos para auxiliar a população”, acrescentou o capitão Marcos Vidal.
O apoio emergencial do Estado pode ocorrer por meios materiais ou financeiros, com recursos do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap). O processo de registro e acompanhamento das ocorrências também é integrado ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil aos agentes municipais e estaduais.


















