Rota Caminhos do Peabiru é apresentada a alunos de escola estadual de Fazenda Rio Grande

Participaram do evento estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, que estão na faixa dos 11 e 12 anos. Eles puderam ter acesso a um conhecimento geral sobre o caminho ancestral. Objetivo é despertar o sentimento de valorização dessa rota que une cultura, história e potencial turístico.
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18/11/2025 - 18:50
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A Rota Turística Caminhos do Peabiru foi o tema de uma palestra e atividades escolares na tarde desta terça-feira (18) no Colégio Estadual Olindamir Merlin Claudino, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. Os alunos tiveram contato com o caminho ancestral em uma apresentação do historiador Arléto Pereira Rocha, junto com servidores das secretaria estaduais do Planejamento (SEPL) e da Educação (Seed), e em uma produção de escrita criativa.

Participaram do evento estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, que estão na faixa dos 11 e 12 anos. Eles puderam ter acesso a um conhecimento geral dos Caminhos do Peabiru e de uma visão aprofundada, interligando História, Geografia e Cultura.

Arléto Rocha explicou o que é o Caminho de Peabiru, para o que era utilizado, quem percorria esse trajeto e porque ele não está visível, pois foi sobreposto por agricultura, pecuária, centros urbanos, ferrovias e rodovias. Demonstrou também o trabalho que o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Planejamento e Secretaria do Turismo (Setu) estão fazendo ao resgatar a rota e valorizar essa cultura, além de trazer uma nova possibilidade de ganhos econômicos para as cidades abrangidas, através de atividades turísticas.

“A exposição dos Caminhos do Peabiru aos estudantes das nossas escolas proporciona a valorização dessa parte da história paranaense. Além dessa questão histórica, cultural e educacional, esse projeto do Governo do Estado trará também desenvolvimento econômico por meio do turismo aos municípios envolvidos”, comentou o secretário do Planejamento, Ulisses Maia.

O historiador Arléto Rocha participa do Programa Rota Turística Caminhos do Peabiru. Junto com representantes do Governo do Estado, ele integrou as 11 oficinas de mapeamento em todas as regiões por onde passa a rota ancestral. “É necessário que nossos jovens tenham conhecimento da riqueza histórica, arqueológica e sobre os povos antigos que marcam os Caminhos de Peabiru. E neste caso, o Governo do Paraná, em especial em sua Secretaria do Planejamento, cumprem este papel”, analisou Arléto Rocha.

O aluno Leonardo Henrique Urbaneck do Carmo, do 7º ano E, uma das turmas envolvidas, apresentou texto que criou baseado nos Caminhos do Peabiru em um exercício de escrita criativa, em que explora sua imaginação ao desenvolver uma história elaborada por ele mesmo. Ao terminar, recebeu aplausos efusivos dos presentes.

"Por conta do estímulo à cidadania e ao turismo, o Caminho do Peabiru é uma rota turística importante e, ao ensiná-lo nas escolas, estamos estimulando os alunos a se tornarem futuros turistas e a valorizar o patrimônio cultural do Estado”, avaliou a diretora de Gestão, Sustentabilidade e Qualificação do Turismo da Setu, Tatiana Nasser e Silva.

LESTE A OESTE – Os Caminhos do Peabiru formam uma rede de trilhas ancestrais que datam de mais de 3 mil anos. Essas trilhas conectam o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando pelo Brasil, Paraguai e Bolívia, chegando até o Peru. A rota foi originalmente usada para a expansão de territórios, trocas de mercadorias e, também, em rituais religiosos. O traçado do projeto conta com trilhas de longo curso, trechos aquáticos, montanhismo e caminhadas.

O trecho dos Caminhos do Peabiru no Paraná vai do Litoral à outra ponta do Estado e inclui 97 municípios participantes. Em outubro, a primeira versão do traçado foi consolidada. Em seguida, as cidades fizeram suas consultas públicas e enviaram as colaborações para refinamento da trilha.

A primeira versão do Eixo Tronco foi definida através de reuniões técnicas do Governo do Estado com a equipe da consultoria Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), ligada à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Participaram representantes das secretarias estaduais do Turismo e Planejamento, o Serviço Social Autônomo Paraná Projetos, Instituto Água e Terra (IAT), Conselho do Patrimônio Cultural, Museu Paranaense e a Associação Rede Brasileira de Trilhas.

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